quinta-feira, 29 de novembro de 2018

A "NOVA" COPA DAVIS

A "NOVA" COPA DAVIS



A Copa Davis, realizada desde 1900, é disputada por equipes nacionais e é a principal competição da Federação Internacional de Tênis (ITF), uma vez que os Grand Slams são organizados pela Associação de Tenistas Profissionais (ATP).
Até 2018, a Copa Davis era disputada no sistema de liga, com partidas espalhadas ao longo do ano na sede de um dos países.
O desporto é cada vez mais, além de competição, entretenimento e nenhuma grande disputa é capaz de se manter sem público e patrocinadores.
Nesse sentido, a Copa Davis se reinventou para sua edição de 2019 e adotou um modelo “Copa do Mundo”. Nos bastidores dessa mudança está o zagueiro Piqué, do Barcelona, presidente do grupo de investimento Kosmos, que colocará US$ 3 bilhões na competição por 25 anos.
Com queda de público e esvaziada pela ausência dos grandes tenistas, que preferiam disputar as competições do circuito internacional, a “nova” Copa Davis passará a ser disputada por 18 seleções em uma sede fixa
As duas primeiras edições do novo modelo serão em Madri, na Espanha, de 18 a 24 de novembro de 2019.
Os 18 países – quatro semifinalistas da atual edição (França, Croácia, Espanha, Estados Unidos), dois convidados (Argentina e Reino Unido) e 12 provenientes da fase de classificação – serão divididos em seis grupos com três seleções.
Classificarão para as quartas de final os seis campeões dos grupos e os dois melhores segundos colocados. Os dois piores terceiros serão rebaixados.
As disputas se darão no sistema de melhor de três partidas com dois simples e uma de dupla, e não mais em melhor de cinco.
A tendência é que a competição se torne uma verdadeira Copa de Mundo da modalidade e que o planeta vire os olhos para o tênis durante uma semana por ano, pois, com um calendário bem organizado, será possível ter a participação das principais estrelas.
O Brasil foi beneficiado pela alteração do formato e está a um confronto da elite, pois disputará em casa a vaga na “nova” Copa Davis contra a Bélgica, nos dias 1 e 2 de fevereiro de 2019.
Apesar de algum descontentamento quando à mudança, trata-se caminho indispensável para a manutenção da competição e o desenvolvimento do tênis no mundo.
Competições comercialmente mais atrativas atraem mais visibilidade, público, patrocinadores e receita. Essa é a fórmula de sucesso usada pelos Estados Unidos em suas ligas profissionais e pela Uefa na Liga dos Campeões.
Mais que uma disputa, os eventos esportivos são entretenimento e precisam se readaptar à nova realidade de TVs, internet e costumes sociais.
Só assim a Copa Davis e outras tradicionais competições sobreviverão.

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