14/08/2015
Finalmente, está chegando a hora da verdade. Qual verdade? Se a presença do povo nas ruas, depois de amanhã, confirma ou desmente as medições de pesquisa e os panelaços estrondosos apesar das tentativas de minimizar, mas que apontam um grande descontentamento do cidadão brasileiro. Descontentamento com a presidente Dilma, com os políticos, com a situação do país e uma grande descrença quanto à mudanças e correções. O povo nas ruas pode ser para dizer que não quer mais a presidente Dilma. Pode não ser isso, pode ser para dizer que está cheio de tudo o que está aí, que espera e exige mudanças, correções. Que não suporta ouvir essa desculpa de país sem dinheiro para pagar salário digno para aposentado, sem recursos para cuidar da boa educação, para assistir o brasileiro na doença e para garantir a segurança pública. Mas que tem dinheiro para conceder reajustes salariais para categorias de servidores públicos, na base da pressão, que também tem dinheiro para assegurar reajustes de 16% a 46% para o Judiciário porque a falta de comando é uma das características de um governo enfraquecido, frágil, desrespeitado. As manifestações podem dizer, também, que um país de tantas necessidades é o mesmo em que empreiteiras e gente do governo se juntam para roubar bilhões de reais.
Temos percebido muitos sinais a indicar que tudo vem sendo feito para ajeitar situações, já se conseguiu aumentar o prazo no Tribunal de Contas da União para que a presidente Dilma explique as suas pedaladas pelas quais a corte pode reprovar as contas presidenciais e assim abrir caminho para um processo de impeachment. Sabemos que esse gigantesco escândalo da Petrobras não seria descoberto, o dinheiro continuaria jorrando até hoje, se não fosse um empresário chamado Hermes Magnus, preocupado com a sua reputação, que colocou a boca no mundo até ser aconselhado a procurar o juiz federal Sérgio Moro e contar tudo o que permitiu chegar ao ex-deputado José Janene, depois falecido, e ao doleiro Youssef e, a partir daí, a tudo isso que vai sendo desvendado pela operação “Lava Jato”. Em busca de financiador para as máquinas que pretendia fabricar, o empresário frequentou festas na casa de Janene até receber a primeira remessa de 15 mil reais. O dinheiro chegou através de caixas eletrônicas, com vários nomes e cpf’s e em valores pequenos, o que o levou à suspeita de estar sendo usado para lavagem de dinheiro. Foi a partir daí que procurou autoridades, muitas vezes sem sucesso, até encontrar o juiz Sérgio Moro, quando as coisas andaram. Segundo Hermes Magnus, quando se chegar às transações do BNDES vai se descobrir escândalos bem maiores do que esses da Petrobras.
E não devemos nos esquecer de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, continua disposto a dar trabalho ao governo Dilma e conseguiu tirar o PT do comando da CPI dos fundos de pensão das estatais, outra fonte de dores de cabeça para o Planalto porque recursos de funcionários foram usados para aplicar em papéis sem qualquer valor. Com tantas bombas armadas e tanta disposição governamental para desarmar cada uma, o povo sofrido, sem salário, sem emprego, sem poder aquisitivo que decida se vai se sujeitar ou se vai cobrar atitude, mostrando presença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário