quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ALÍVIO

Alívio... o título não poderia ser diferente...

Acabei de chegar do hospital... Tive a oportunidade de conversar com o coordenador do CTI e, o mais importante, de estar com a Lícia... sã... consciente...

A primeira boa notícia que está sendo aventada a hipótese dela receber alta amanhã.

Depende do que? Dela suportar 24 horas sem o respirador.

Puxa... diante de tudo que aconteceu e que poderia ter acontecido... soou como música para os meus ouvidos...

Após essa etapa vencida... passamos à parte ortopédica...

Aparentemente qualquer sequela mais grave parece estar afastada. No entanto, ela deverá passar por, no minimo, três cirurgias.

Sobre a visita...

Quando chegamos (eu e a mãe dela) ela á estava de "pecocinho" em pé procurando a gente... Quando ele me viu começou a chorar... a sensação que tive é de que se tratava criança qdo faz alguma coisa errada e/ou decepciona alguém...

Sei que tenho fama de "chato", rigoroso e intransigente com alguns erros... Mas, Lícia, saiba que acidentes acontecem e que, ainda que tivesse me sentido decepcionado (o que definitivamente não foi o caso), o medo de não ter vc com a gente acabaria com qualquer outro tipo de sentimento.

Pedi a ela pra não chorar... pq não sei lidar com choro, só com sorrisos... Ela apertou forte minha mão... dei um beijo nas mãos dela e ela se inclinou para me dar um abraço... fiquei bastante emocinado e feliz por sentir ela ali com a gente... apressei-me para dar um beijo bem estalado na bochecha (é assim que escreve isso? nunca havia escrito essa palavra) dela.

"Conversamos" sobre amenidades... Fiz questão de dizer a ela o quanto ela é querida e de é pra ela se preocupar com a recuperação, pois todas as outras questões estamos resolvendo aqui fora... pedi a ela para me dizer se quer que alguma providência aqui fora seja tomada... pois queremos a cabecinha dela fresca...

Disse a ela que a Fernanda (que tbm estava no acidente) recebeu alta hj e que em breve a visitaria.

Ela me mostrou uma foto da Fernanda que estava na cabeceira da cama dela e pediu que levasse uma nossa pra ela...

Vou providenciar...

Por fim, como ela não consegue falar direito por causa da traqueustomia, ela pediu uma prancheta escreveu umas palavras... "que qse morreu, mas tá boa" "que ama a mãe dela, eu e a Flaida (Duda)"...

Fiquei mto feliz, pois senti que apesar de minha falta de crença em algumas coisas, minha visito fez bem a ela.

Recorto-lhes a "cartinha" que está bem engrarranchada e clarinha, pois escrita a lápis.

O recado pra mim e pra Flaida está na parte sem timbre...

Apesar de tudo ela está com um olhar vivo e mto bonita....



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