quarta-feira, 7 de julho de 2010

RONDÔNIA

Reportagem do amigo Anderson Alves para o jornal "O Tempo".
Uma redescoberta do Brasil
Um Estado em estado efervescente - com características naturais de tirar o fôlego e um desmedido potencial de tradição e cultura
ANDERSON ALVES
ENVIADO ESPECIAL
Guajará-Mirim, Rondônia. A pergunta é inevitável: por que um turista mineiro, acostumado a visitar as regiões litorâneas ou as cidades históricas do interior do Estado, escolheria Rondônia para passar as suas férias? Em busca dessa resposta, O TEMPO percorreu, durante quatro dias, os principais pontos turísticos de Rondônia - em uma verdadeira expedição, repleta de atrativos.Ainda no voo, já próximo da chegada ao aeroporto da capital, Porto Velho, o turista é surpreendido pela imagem indescritível da selva amazônica. Logo em seguida, no desembarque, a temperatura elevada e a alta umidade relativa do ar são um indicativo latente de que esse é um local com vocação para o ecoturismo - ou o turismo de aventura, propriamente dito.Uma nova e ainda maior surpresa foi a visita à cidade de Guajará-Mirim, distante cerca de 350 quilômetros de Porto Velho. O município representa um perfeito resumo das atrações turísticas de Rondônia. A cidade é cortada por alguns dos mais importantes subafluentes do rio Amazonas. Das margens do rio Pacaás Novos, que corta o município, é possível avistar o solo boliviano cingido pela imponência da floresta amazônica. Nesse trecho, os territórios de Brasil e Bolívia são delimitados pelo encontro dos rios Mamoré e Pacaás Novos - fenômeno natural que atrai a atenção dos turistas por sua beleza e excentricidade, já que as águas dos dois rios possuem aspectos significativamente diferentes. É exatamente no encontro das águas que espécies do boto-rosa ou do boto-tucuxi emitem ruídos que se misturam com os cantos das aves silvestres e compõem um cenário de plena harmonia entre os rios e a floresta.O passeio de barco pelos rios de Guajará-Mirim mais parece uma redescoberta do Brasil. Os incomensuráveis espelhos d’água são margeados por praias fluviais, balneários, trilhas ainda não totalmente desbravadas, tribos indígenas, seringais, animais exóticos e reservas extrativistas. O cenário é, ainda, emoldurado pelos trechos de mata preservada da selva amazônica - conjunto natural que integra o maior e mais completo ecossistema do mundo, fazendo de Guajará-Mirim um grande santuário de conservação da fauna e da flora nativas do Norte do país.Culinária. Rondônia também cativa os visitantes pela culinária, especialmente os pratos baseados em pescados. Por contar com uma das maiores malhas hidroviárias do país, o Estado abriga diversas espécies de peixes. A cozinha rondoniense é caracterizada por temperos suaves, que aguçam os olhos e o paladar. Os frutos exóticos, como o cupuaçu, são bastante usados na culinária local. O tambaqui ao molho de maracujá, o tucunaré assado em folha de bananeira e o pirarucu ao creme de tucupi figuram entre as irresistíveis opções de pratos típicos.Por fim, a hospitalidade dos rondonienses é um mimo à parte para os visitantes. Por meio de seus moradores, o Estado revela de maneira acolhedora toda a sua aptidão para o turismo. Além disso, as festas tradicionais como a apresentação do Boi Bumbá, as cavalgadas e os carnavais fora de época atraem milhares de visitantes de todo o país e, também, de várias partes do mundo.Por que, então, um turista mineiro escolheria Rondônia para passar as suas férias? A pergunta parecia difícil. Difícil, porém, diante de tantas belezas e atrativos, é a resposta. Rondônia é um Estado em estado efervescente - com características naturais de tirar o fôlego e um desmedido potencial de tradição e cultura. Rondônia é um pedaço do Brasil a ser explorado pelos mineiros.O jornalista viajou a convite da Assoc. Bras. de Hotelaria de Selva e da Gol Linhas Aéreas

Nenhum comentário:

Postar um comentário