Hoje assisti à mensagem de natal
do Rei Juan Carlos, da Espanha.
O Rei pediu aos políticos
espanhóis que deixem de lado as divergências ideológicas e busquem atender aos
interesses do povo espanhol.
Vejo o quão é importante a figura
de um chefe de Estado apartidário investido no cargo por razões
histórico-tradicionais e que sirve de referência moral para os governantes.
Como disse o Arquiduque Otto Von Habsburg:
“O Presidente não é Presidente de todo Povo, mas somente daqueles grupos que o auxiliaram a obter o cargo”.
E, infelizmente é isso que tem se
visto no Brasil, governos dirigidos ao benefício daqueles que compoem a base de
apoio governista.
Numa Monarquia o monarca é
imparcial, eis que não chegou ao trono por negociatas com empresas nem segue a
ideologia de um partido político, portanto não favorece nenhum grupo social e é
apoiado e aclamado constantemente.
Seria um excelente mediador, pois
é imparcial e é preparado desde o nascimento para os assuntos do Estado e tornando-se um expert.
Destarte, a Monarquia Constitucional
Parlamentarista coloca um monarca a serviço nteiramente da população, como um
protetor, mas mesmo assim subjuga-o a uma constituição, igualando ele a todos
os cidadãos, sendo que as decisões importantes ficam nas mãos do povo, pois é ele que vota e escolhe o parlamento e, consequentemente,
um chefe de governo.
Sempre que falo da Monarquia vejo
sorrisos sorrateiros no canto da boca e manifestações irônicas. Tais atitudes
demonstram o quão pessoas com boa formação muitas vezes não possuem
conhecimento acerca da Monarquia Parlamentarista e, mais, como elas estão “catequizadas”
pela “manipulação republicana”.
Ora, o governo republicano desconstruiu
e aviltou dos heróis do Brasil Império, criando imagens caricatas de grandes
personagens da história nacional, imagens que perduram até hoje através de um
sistema educacional tendencioso.
Dom João VI ainda é visto como um
Rei “obeso, porco, melancólico, indeciso, controlado por seus ministros”, e sua
esposa, a Rainha Carlota Joaquina como uma mulher “adúltera, má e autoritária”.
De Dom Pedro I criou-se a imagem
de um “bon vivant, mulherengo,tirânico e traidor de sua pátria”, de Dom Pedro
II a de um “preguiçoso, velho e cansado” e de sua filha, a Princesa Dona Isabel
a imagem de uma “carola chata”.
Ademais, o governo republicano construiui
“novos heróis”. O “Proclamador da República” e seu primeiro presidente, o
Marechal Deodoro da Fonseca não poderia ser feito o maior dos heróis, visto que
em 1891, numa tentativa frustrada de Golpe de Estado, fechou o Congresso, o que
gerou uma revolta fazendo que renunciasse, fato que hoje é praticamente
esquecido e apagado por causa da formação de seu mito.
O maior dos heróis, cuja imagem
foi moldada pela propaganda republicana é a do alferes Joaquim José da Silva
Xavier, o Tiradentes, que passou de membro minoritário na conspiração mal
sucedida da Inconfidência Mineira para mártir nacional com uma mitificação tão
forte que remete à própria imagem de Jesus Cristo.
Um herói mediano entre esses dois
símbolos da república foi Zumbi dos Palmares, do qual pouco se sabia, pouco se
sabe e muito se especula, mas é tido como o herói símbolo da luta contra a
escravidão, mesmo que tenha mantido escravos no seu Quilombo.
As novas representações dos
heróis brasileiros tomam a dos antigos. Representando a liberdade está
Tiradentes ao invés de Dom Pedro I, a política, o Marechal Deodoro ao invés de
Dom Pedro II e a luta negra, Zumbi dos Palmares ao invés de quem de fato deu a
abolição aos escravos e foi uma abolicionista convicta por toda sua vida, a
Princesa Isabel.
Diante de todo o exposto e da
total falta de moralidade que paira sobre nossa República, seria de vital
importância para o resgate do respeito às nossas Instituições que passemos a avaliar uma mudança de rumos na nossa
estrutura de sistema e forma de governo.
Salvemos o Brasil!!!!
Sugestão de leitura: http://ofelia.com.br/_arquivos/files/tcc2012_trab/Guilherme%20Faria%20Nicastro.pdf
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