Pré-lançamento
Livro – “O Mito
do Clube Empresa”.
Autor – Luciano
Motta
O livro trata
basicamente de analisar a transição entre um desporto-paixão e o
desporto-negócio como um fenômeno. Nesse interregno, surgiu a ideia, defendida
quase que de forma unânime, que o clube-empresa seria a resposta ideal para se
superar essa mudança.
Essa compreensão
foi alavancada pela crise econômico-financeira que os principais clubes
vivenciavam, chegando-se à conclusão de que não só os dirigentes bem como o
modelo associativo seriam os principais responsáveis pela derrocada do antigo
sistema. Dessa forma, uma nova ordem imporia uma nova formatação jurídica.
Esse é o pano de
fundo do livro. Os primeiros capítulos dedicam-se a responder perguntas, tais
como: Futebol é negócio? Há crise no desporto de alto rendimento? Se sim, as
dívidas e/ou má gestões seriam causas ou seriam consequências? Qual a natureza
de um clube desportivo? Partindo-se do princípio da especificidade que pode ser
considerado um dos principais pilares para a análise de qualquer tema
desportivo, a primeira parcela do livro dedica-se a esse ponto.
Outro aspecto
que se trabalha é a correta conceituação de clube-empresa e as suas diversas
possibilidades. Equivocadamente, banalizou-se a sua utilização, sendo admitido
como termo de fácil compreensão e empregado em qualquer situação que envolva
clube e empresa. Assim, inova-se ao classificar esse tema de forma didática,
exemplificando com casos concretos, para evitar ou minimizar a sua má
utilização.
Em um segundo
momento, e esse é um capítulo basilar, trabalha-se de forma problematizadora e
crítica os três principais argumentos de sustentação do clube-empresa como tipologia
ideal, quais sejam: (I) que o modelo atual é incompatível com as associações;
(II) que clube visa lucro, portanto, a melhor forma seria a societária; (III) e,
que foi um modelo exitoso na Europa.
Parte-se da
análise de modernos e atuais conceitos de alguns dos elementos que compõe às
definições dos termos "associação" e "sociedade empresarial"
("empresa") na construção dos argumentos e, explora-se de forma
pormenorizada, o desenvolvimento do clube-empresa em 21 países, desde sua
origem até os dias atuais. Nesse momento, a obra transforma-se em um verdadeiro
livro de história em que se destacam os principais cases de cada país, com seus
êxitos e fracassos.
Dedica-se um
capítulo inteiramente ao modelo de clube-empresa que se tornou o
"queridinho", o carro chefe dessa roupagem jurídica, o de sociedade
anônima. Afinal de contas, qual é o melhor modelo para um time de futebol?
Sociedade anônima, especialmente de capital aberto, é o modelo ideal? É o mais
próspero? Existe um modelo ideal? Essas são algumas perguntas que esse capítulo
se propõe a responder.
Na sequência,
faz-se um estudo sobre diversos institutos que incentivam à boa gestão.
Responsabilidade dos dirigentes e administradores, compliance, gestão
corporativa, fair play financeiro, todos esses temas são debatidos de forma
clara e prática, também enumerando cases, e sem se preocupar em apresentar uma
visão romântica ou utópica.
Por fim,
dedica-se um capítulo conclusivo que elenca a síntese do livro por meio de
respostas a algumas perguntas e análises de algumas afirmações. Aproveita-se a
oportunidade para apresentar algumas possíveis soluções que acredita-se possam
contribuir para o desenvolvimento de um desporto sustentável ou no mínimo para
o fomento a esse debate.
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