terça-feira, 13 de abril de 2010

Copa, Olimpíada e os aeroportos


Logo após o Brasil conquistar o direito de organizar a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, a primeira preocupação aventada foi atinente à infra-estrutura.

Dentre os inúmeros itens necessários à realização destes mega eventos, a operacionalidade dos aeroportos possui vital importância, já que é por meio deles que o Brasil receberá o Mundo.

Por este motivo, todos os aeroportos brasileiros devem passar por ampliações e reformulações. Em Belo Horizonte, por exemplo, já percebe-se movimentações neste sentido.

Certamente as referidas intervenções são necessárias, sobretudo neste momento de aquecimento econômico e ampliação das rotas aéreas e do maior acesso das classe C e D às passagens aéreas.

Entretanto, ao contrário do que muitos afirmam, o sistema aéreo e os aeroportos brasileiros não estão muito aquém dos encontrados em outros países.

Recentemente, em experiência pessoal, em um dos maiores aeroportos do mundo (Heathlrow, em Londres), constatou-se total falta de zelo com os passageiros.

Inicialmente, insta ressaltar que houve atraso de cerca de 60 minutos, motivo pelo qual o voo oriundo de Lisboa aterrizou na capital inglesa por volta de meia-noite.

Assim, sistemas de transporte coletivo como metrô (underground), trem urbano e ônibus, tão destacados como essenciais para a realização de grandes eventos, não mais estavam operando.

Não bastasse, não havia central de atendimento em atendimento que propiciasse aluguel de veículo ou informações acerca de táxis ou remisses. Sem informação, o maior aeroporto do mundo tornou-se um imenso labirinto.

Para contatar um táxi, foi necessário encontrar a saída mais próxima do ponto de táxi, sair do aeroporto em um frio de 5 graus negativos e, ainda, aguardar que algum se posicionasse no ponto.

É óbvio que o Brasil tem muito a evoluir e é o que se espera. Entretanto, não há países infalíveis e o exemplo relatado é o de Londres, onde se realizarão os próximos Jogos Olímpicos.

Portanto, deve-se de fato cobrar melhoras, mas há de se valorizar o que se tem.

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