domingo, 13 de fevereiro de 2011

RONALDO - Por Marcelo Bechler


Ronaldo é o maior fenômeno que já vi. E o que fica é a gratidão

É preciso separar o que foi Ronaldo para uma geração do que termina a carreira de forma melancólica. O Fenômeno é, muito possivelmente, o melhor jogador dos últimos 20 anos do futebol mundial. Só não foi mais por conta das lesões e, já em linha descendente, da falta de preocupação com o peso.

Messi, que encanta a todos hoje, conseguiu, aos 23 anos, o segundo prêmio de melhor do mundo. Ronaldo já tinha a marca aos 21. E mais. Já tinha lesões, como as que quase encerraram, prematuramente, sua carreira. Mesmo depois de duas cirurgias no joelho, Ronaldo se recuperou e ganhou uma Copa do Mundo – sendo artilheiro com oito gols. Melhor marca desde Gerd Muller que fez 10, em 1970. Mas Ronaldo foi além. Marcou quinze vezes e é o maior goleador de todos os mundiais.
Fica a pergunta de onde o Fenômeno poderia chegar não fossem os problemas de lesões. Mas também elas serviram para Ronaldo ser maior. Durante toda a carreira foi exemplo de superação, de vencer obstáculos e passar por desconfiança quando ninguém mais acreditava.
O final da carreira, o sobrepeso, a lentidão e a dificuldade de jogar seguidamente mostram apenas o quanto é difícil parar. Aceitar que chegou a hora deu a Ronaldo uma imagem que ele não merecia. Imagem que eu não vou levar. O “Gordo” acabará no momento em que o jogador virar ex-jogador. As críticas, de minha parte, acabarão no mesmo momento. O Ronaldo que eu vou me recordar é o Fenômeno de dribles impossíveis, arrancadas impressionantes e excelente finalização.
É o Ronaldo, que toda vez que eu vir, vou fazer questão de estender a mão e agradecer por ter feito, por inúmeras vezes, o futebol ter sido mais futebol.

Postado por Marcelo Bechler às 21:07 0 comentários Links para esta postagem

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