A derrota por sonoros sete gols para a Alemanha nas semifinais da Copa do Mundos trouxe à tona a necessidade de mudanças.
É importante destacar que a campanha da Seleção na Copa não foi trágica. A equipe chegou entre os quatro primeiros após doze anos. A tragédia se deu na partida contra a Alemanha.
O primeiro ponto a ser observado diz respeito a uma preparação dos técnicos brasileiros a fim de que compatibilizem-se com as formas e táticas mais modernas. Por exemplo, há treinadores argentinos e chilenos em grandes clubes europeus, mas não há brasileiros.
Os jovens jogadores também devem ser melhor observados, eis que, invariavelmente um jovem jogador nascido no Brasil desponta na Europa e acaba se naturalizando em outro país. A isso, soma-se a necessidade de se integrar as Seleções de base com a Seleção principal.
Entretanto, no sistema brasileiro, a formação dos atletas se dá nos clubes, ou seja, qualquer reformulação passa, necessariamente, por um incentivo no investimento dos jovens jogadores.
Ocorre que a legislação brasileira desestimula a manutenção de categorias inferiores há quatorze anos, já que as garantias do clube formador são bastante restritas, eis que nesse período não há contrato de trabalho e atleta, após os dezesseis anos pode assinar contrato de trabalho com qualquer clube. Nesse caso, o Clube formador teria direito a uma indenização.
Tal sistema desestimula os grandes clubes a formarem jogadores para o seu plantel e estimula a criação de clubes de empresários criados exclusivamente para obtenção de lucros.
Historicamente, os grandes atletas como Pelé, Zico, Garrincha, Reinaldo e Tostão foram formados por clubes que queriam tê-los atuando e ganhando títulos e não de forma “caça-níquel”.
Diante disso, é imprescindível que a Legislação Desportiva, diante das peculiaridades da atividade de atleta profissional, incentive os grandes Clubes a investirem nas categorias de base que envolvam crianças e adolescentes, pois, este é o celeiro dos grandes craques.
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