terça-feira, 8 de junho de 2010

Vamo nessa que é HEXA!!!!


Estamos a uma semana da estreia do Brasil na Copa do Mundo.

Vejo quase que uma vida diante dos olhos. Lembro-me com certa clareza (quase) cada Copa do Mundo da minha vida. Tenho como referência a alguns fatos, anos de Copa do Mundo.

Nasci em 1980. Logo, felizmente, não tenho lembranças da Copa da Espanha (1982 - http://www.youtube.com/watch?v=PG_v2Y64yk0&feature=related ) e da “Tragédia do Sarriá”.

Já a Copa de 1986 me traz várias lembranças. Aliás, talvez a grande maioria de minhas recordações mais remotas datam da Copa do México.

Lembro-me do “Mexe Mexe Mexe Coração”( http://www.youtube.com/watch?v=seOYwg8bRYM ).

Do Josimar marcando gol em todas as partidas.

Do “70 deles” da Gal (http://www.youtube.com/watch?v=5joLa2AyKE4&feature=related )

Do Araken, o Show Man que após cada vitória brasileira fazia sua graça com nossos adversários.

Tio Nelsinho utilizava o recém lançado vídeo cassete para gravar os jogos.

Assistimos jogos na casa de meus padrinhos, Tia Sônia e Tio Chiquinho.

Lembro como se fosse hoje do fatídico Brasil e França. Casa da minha avó, Nova Lima, todos reunidos em torno de uma “telefuken”.

Careca (achando que tava impedido) abre o placar. Platini empata e tira a invencibilidade do goleiro Carlos.

Zico aquece. Meu tio Djalma diz. Enfim Telê pensou!! Pênalti. Todos pedem que Zico efetue a cobrança. E o goleiro pega.

A decisão vai para a disputa de pênaltis. Infelizmente Sócrates desperdiça. Lembro-me como se fosse hoje de uma cobrança da França em que a bola bate no travessão, bate nas costas do goleiro Carlos e entra.

Uma das maiores gerações da nossa história despede-se sem um título mundial. Choramos. Até Tia Munda sempre do contra, que durante a cobrança de penatis já havia pedido pra rezarmos, manifesta tristeza pela eliminação.

Quatro anos depois, 1990, Itália, lembro do pessoal de Nova Lima para a estréia contra a Suécia, de churrasco na Casa de tia Didi para um Brasil e Costa Rica e da polêmica sobre entregarmos o jogo para a Escócia para “fugirmos” da Argentina.

Eu gostava da vinheta do SBT http://www.youtube.com/watch?v=KZe7qBc0hUg&feature=related A Globo foi de “Papa essa Brasil”. http://www.youtube.com/watch?v=ln3Kifioby4&feature=related

Por ironia do destino, no nosso melhor jogo perdemos para a Argentina com um gol de Caniggia e fomos eliminados nas oitavas de final.

Em 1994, nos EUA, o Brasil iniciava sua reestruturação econômica com o Plano Real e eu começava minha “coleção” de revistas e jornais das Copas do Mundo. http://www.youtube.com/watch?v=COEqhjsFjqE&feature=related

Brasil tetracampeão. E a final assistimos no mesmo cenário que assisti à nossa primeira derrota. A casa de minha avó. A telefuken já havia sido substituída e o choro desta vez foi de alegria.

Não suportei assistir à disputa por pênaltis. Aliás, quase ninguém agüentou. Mas, me lembro como se fosse hoje de Tio Djalma no chão, às lágrimas.

Vivíamos ali, um encontro de gerações. Afinal de contas eram 24 anos sem um título mundial.

É Tetra!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=UAMMY7wYLvU&feature=related

Quatro anos mais tarde, na França (1998). Eu era maior de idade e acabara de passar no vestibular.

Aliás, um dos jogos mais fantásticos que assisti foi a semi-final entre Brasil e Holanda, justamente no dia em que passara no vestibular para Direito da PUC. Eu, Dani e Flávio assistimos em um bar perto do Mineirinho.

Infelizmente, na final, perdemos para a França naquela apática apresentação de nossa Seleção.

Nada como uma Copa após a outra. Em 2002, nossa Seleção outrora desacreditada, conquistou o Pentacampeonato no Japão/Coréia.

Eu estava quase me formando e minha família estava em uma situação financeira complicada. A final assisti na casa do Dani com ele e o Flávio, comendo tapioca. Sensação indescritível.

2006, Alemanha. Já formado e trabalhando acabara de adquirir meu primeiro carro. Um Tipo 1995. Perdemos novamente para a França em uma partida que assistimos no Retiro das Pedras, na casa do Vial, com Camila, Pedrinho, Ana (que DEUS a tenha), Guilherme e Flaida, minha atual esposa.

Chegamos à 2010. África do Sul. Muita coisa mudou. Estou casado, tenho 30 anos, trabalho 14 horas por dia, tenho muitas responsabilidades, mas aquela chama interior se acende sempre que ouço falar em Copa do Mundo.

Estou contando os segundos para ver a Seleção Canarinho entrar em campo.

Isso tudo sem contar que nossa economia cresce como nunca e que em 2014 teremos uma Copa no Brasil.

Muita coisa evoluiu: http://www.youtube.com/watch?v=74uXU5ooEuc&feature=related

Mas, nossos corações e nossos sonhos de meninos (quando despertados) são os mesmo.

Vamos nessa que é HEXA, Brasil!!!


Um comentário:

  1. Lembrei-me das musicas...

    "Futebol e música fazem tabelinha de sucesso desde 1912.
    Em uma reportagem publicada em 1978, a revista Placar levantou que existiam, à época, 150 títulos ligados ao futebol. De lá para cá, vieram outras centenas.
    Veja uma linha do tempo com as músicas mais marcantes:
    - Flamengo - 1912 - Bonfiglio de Oliveira
    Uma das primeiras músicas inspiradas em futebol no Brasil. Há divergência sobre sua criação, se em 1911 ou 1912. O certo é que o chorinho é uma homenagem do trompetista Bonfiglio de Oliveira à entrada do Clube de Regatas Flamengo no campeonato de futebol do Rio de Janeiro.
    - 1 x 0 - 1919 - Pixinguinha, Benedito Lacerda e Nelson Ângelo
    Pixinguinha teve a idéia de compor a música em homenagem a um gol marcado pelo grande craque brasileiro do início do século, Arthur Friedenreich, na decisão contra o Uruguai no Campeonato Sul-Americano de 1919. Após marcar de voleio o gol da vitória, o craque foi carregado pelos braços do estádio das Laranjeiras até o centro do Rio de Janeiro. Durante anos, Pixinguinha apenas tocou o choro, que passou a ser cantado somente muito tempo depois.
    - Um a um - 1954 - Jackson do Pandeiro
    Para Alceu Valença, Jackson do Pandeiro é o Garrincha da música. Na década de 1950, o paraibano radicado no Rio de Janeiro encantou o país com a irreverência de suas composições. Ficou célebre com Um a um, em que exalta o futebol ofensivo da época em que a seleção não entrava em campo com três volantes: um empate pra mim já é derrota.
    - Na cadência do samba/Que bonito é - 1956 - Luis Bandeira
    Apesar de não ter sido composta para homenagear o futebol, a música que exalta a mulata e a gafieira virou sinônimo do esporte. A relação começou quando, nos anos 1950, foi escolhida como trilha sonora do cine-jornal Canal 100, que exibia semanalmente no cinema documentários sobre os grandes craques da época. O Canal 100 funcionou até 2000, mas a música de Luis Bandeira até hoje tem tudo a ver com futebol.
    - Aqui é o país do futebol - 1969 - Intérprete: Elis Regina
    Milton Nascimento e Fernando Brant compuseram a música para o filme Tostão, a Fera de Ouro, lançado em 1970. A música entra no ufanismo do título e entoa que o Brasil fica vazio nas tardes de domingo porque é dia de futebol.
    - Fio Maravilha - 1972 - Jorge Ben
    A mais conhecida de todas as canções em homenagem a jogadores foi inspirada em um atacante que nunca foi craque. Longe disso. João Batista de Sales, o famoso Fio Maravilha, defendeu o Flamengo e era desengonçado e folclórico. Uma espécie de Obina dos anos 1970. Na época, a música era cantada por milhares de flamenguistas no Maracanã. O curioso é que Jorge Ben teve que mudar sua letra para Filho Maravilha e só foi autorizado pelo jogador a retomar o refrão original em 2007.
    - Povo feliz/Voa canarinho voa - 1982 - Memeco e Nono
    A música virou símbolo da Copa de 1982 após o lateral Júnior, ex-Flamengo, gravá-la num LP às vésperas do Mundial. O disco, com a cabeleira de Júnior estampada na capa, vendeu mais de 600 mil cópias em 1982. Até hoje, Júnior dá suas palhinhas e a canção composta por Memeco e Nonô é identificada com uma das melhores seleções brasileiras de todos os tempos.
    - O futebol - 1989 Chico Buarque
    Chico compôs a música para homenagear os ídolos de sua infância, que assistia jogar no Pacaembu e no Maracanã: Garrincha, Didi, Pagão, Pelé e Canhoteiro. O cantor é compositor sempre foi apaixonado por futebol e pelo Fluminense.
    - É uma partida de futebol - 1996 - Skank
    Até hoje a música dos mineiros do Skank é trilha sonora de clipes de futebol de todo o Brasil. Na história das canções sobre o esporte, é uma das composições mais detalhistas. Cada detalhe do jogo é contemplado. A bola na trave que não altera o placar, a chuteira que veste o pé descalço, o torcedor que chora pelo seu time. Afinal, quem não sonhou em ser um jogador de futebol?"

    Lucas Amorim

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